Inaugurado em 1990, o Museu Municipal de Arqueologia de Silves assume-se no contexto cultural e patrimonial desta região como ponto de passagem obrigatório para quem visita o Algarve e pretende conhecer a sua História e as origens da ocupação do território. A importante obra de engenharia /arquitectura datável dos finais do século XII, inícios do século XIII, o poço-cisterna almóada, classificado como Monumento Nacional desde 1990, assume-se como ex-libris do Museu. Esta estrutura apresenta-se como peça central da exposição, tendo a construção deste equipamento estado directamente associada à sua descoberta, nos anos 80 do século XX. Escavado a cerca de 18 metros de profundidade, atingindo níveis freáticos, o seu espaço central desenrola-se numa galeria em espiral, formada por escadaria, coberta por abobadas de tramos segmentados e de forma circular.
A exposição é composta por peças arqueológicas que remontam à pré-história, início da ocupação do território correspondente ao actual concelho de Silves, passando pelos períodos da idade do ferro, ocupação romana e ocupação islâmica, sendo esta a que detém maior representatividade na exposição, quer pela quantidade do espólio, quanto pela qualidade estética e diversidade das formas utilizadas.
De realçar são também as peças provenientes do período Medieval Cristão, produzidas localmente ou importadas dos grandes centros produtores, como eram as oficinas valencianas, italianas e da distante China, que testemunham a permanência da cidade de Silves nas rotas comerciais então existentes.
A viagem pela interminável História de Silves culmina com a exibição de objectos do quotidiano das gentes que habitavam a cidade nos séculos XVII e XVIII.
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